A balança comercial do setor têxtil e de confecção brasileiro registrou um déficit de US$ 5,3 bilhões em 2023, com exportações de US$ 1,07 bilhão e importações de US$ 6,37 bilhões. Os dados, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), revelam os desafios enfrentados pelo setor, que sofre com a concorrência de produtos asiáticos e a falta de competitividade da indústria nacional.
Segundo a Abit, o principal vilão da balança comercial é a importação de vestuário, que somou US$ 3,12 bilhões em 2023. A China foi o principal fornecedor, com 60% de participação no mercado de importados. A entidade aponta que a concorrência com os produtos chineses é desleal, devido à diferença de custos de produção e à falta de isonomia tributária.
Para a Abit, o setor têxtil e de confecção brasileiro precisa de políticas públicas que incentivem a competitividade e a inovação. A entidade defende a desoneração da folha de pagamento, a redução da carga tributária, o combate ao contrabando e a pirataria, e a promoção de acordos comerciais que favoreçam as exportações brasileiras.
Apesar dos desafios, o setor têxtil e de confecção continua sendo um dos mais importantes da indústria brasileira, com um faturamento de R$ 190 bilhões em 2023 e a geração de 1,3 milhão de empregos diretos.